Durante este período de permanência em casa é importante estabelecer uma rotina nas refeições diárias, caso contrário, o apetite das crianças é afetado e, consequentemente, a recusa alimentar aumenta, principalmente em relação às refeições principais e aos vegetais. Normalmente a criança passa por algum grau de seletividade alimentar como parte de seu desenvolvimento. Saber lidar com esses momentos faz com que esse seja um período transitório e que a criança volte a se alimentar melhor.
l Estabeleça horários para as refeições e não ofereça petiscos nos intervalos, principalmente biscoitos e doces. Caso a criança faça questão de comer algo, ofereça frutas e coloque como única opção disponível. Os intervalos são importantes para que a criança tenha apetite na próxima refeição.
l Estimule a criança convidando-a para formular o cardápio, explicando que o prato completo deve conter uma verdura e um legume, além de cereais, carnes e leguminosas. Deixe que ela te ajude a fazer a lista de compras e que participe no preparo dos alimentos, o que faz com que ela fique mais propensa a experimentar novos alimentos.
l Excesso de substituições para as recusas, múltiplas opções de alimentos, obedecer às exigências das crianças, oferecer o alimento que ela quer e no horário que ela quer, são atitudes que podem reforçar o comportamento seletivo.
l Estabeleça um cronograma de experimentações de alimentos novos e valorize os progressos. Faça um quadro onde ela possa desenhar o legume e a fruta que comeu nos dias da semana e, no final, converse sobre como ela está comendo e o que ela pode fazer para melhorar.
l Conte histórias que envolvam alimentação saudável. Use a imaginação, crie uma história diferente sobre alimentação e peça para a criança ilustrar.
l Quem controla a disponibilidade de alimentos são os pais, portanto as crianças consomem o que é servido e comprado pela família. Comprar muitos industrializados, mesmo que seja para oferecer em ocasiões especiais, faz com que a criança os consuma mais. É melhor evitar comprá-los.
l Use a criatividade para tornar os alimentos mais atrativos. Vale fazer um prato divertido, dar um nome especial numa preparação, variar a forma de fazer o alimento e criar um ambiente de refeição lúdico.
l Alimente de forma responsiva, dividindo as responsabilidades com as crianças. Nessa abordagem, os pais respeitam a quantidade que a criança quer comer, ao mesmo tempo que estabelecem limites de horários, qualidade e ambiente das refeições, além de respeitar os sinais de fome e saciedade da criança e conversar positivamente sobre a comida.
(Fonte: Recusa Alimentar – Anne Jardim Botelho)
Maria da Conceição Giacomini – Nutricionista
3 Comentários
Boa noite!
Sou professora de educação infantil
Tenho crianças que não come nada durante o período que fica no CEI.
Só bebe água.
O que fazer?
O que fazer meu filho não está comendo na creche
O caso do meu filho… ele não aceita nenhuma refeição.Porem chega em casa é já pede papá.