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Pesquisa revela: a qualidade do tempo com as crianças é mais importante do que a quantidade





Dedique o seu melhor quando estiver com seu filho, mas não se culpe se não puder estar presente o tempo todo

Por Maria Clara Vieira, Revista Crescer.

Você escolheu seguir com a carreira em vez de se dedicar exclusivamente aos filhos? Tudo bem, não precisa se culpar e nem se cobrar tanto. Uma grande pesquisa recém-publicada, liderada pela Universidade de Toronto, descobriu que a quantidade de tempo que os pais passam com os filhos não tem relação com o que ela se tornará ou com o que sentirá no futuro (conquistas acadêmicas, comportamentos, sentimentos e bem-estar).

qualidade da relação é o que conta de verdade. Outra conclusão interessante é que, apesar de não parecer, as mães de hoje passam muito mais tempo de qualidade com as crianças do que antigamente. Em 1975, por exemplo, a mulher dedicava, em média, 7 horas aos filhos durante a semana. Em 2010, esse número subiu para 13 horas semanais.

O estudo destaca ainda que, quando as mães estão estressadas, ansiosas e agitadas por conta do trabalho, isso é transmitido para a criança. Portanto, no momento de se dedicar à brincadeira com o seu filho, concentre-se totalmente nele, divirta-se e tente esquecer o mundo lá fora. Isso significa abandonar celular, TV, telefone…

A pesquisa

O estudo em questão teve início em 1968 e avaliou mais de 6 mil famílias. “Nós pesquisamos se a quantidade de tempo que as mães dedicam aos filhos tem relação com o bem-estar das crianças (de 3 a 11 anos) e dos adolescentes (12 a 18). Observamos duas variáveis: por quanto tempo a mãe de fato se envolvia com o filho e quanto tempo ela estava apenas próxima dele, mas sem participar diretamente das atividades”, explica à CRESCER a cientista Melissa Milkie, que conduziu a pesquisa.

A conclusão, segundo Melissa, é que “a quantidade de tempo que a mãe passa com a criança não tem relação com a saúde emocional, com o comportamento, ou com o desempenho escolar até os 11 anos”.

Já entre os adolescentes, o resultado foi diferente. “Com os jovens, nós descobrimos que quanto mais tempo a mãe dedica a eles, mais difícil será eles apresentarem mau comportamento. Também descobrimos que o ‘tempo em família’ (aquele em que pais e jovens fazem atividades juntos) está ligado a uma boa saúde mental e desempenho escolar”, diz a pesquisadora.


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